O mercado de TI possui uma característica de mudar padrões e formas de trabalho não muito diferente dos demais mercados. Há décadas atrás era fácil ver a descentralização de serviços e produtos utilizados e ofertados no mercado, quem não lembra do “outsourcing”, e da frase: vamos terceirizar TI para reduzir custos, mas em vários fornecedores, garantindo o nosso serviço com SLAs agressivos.
Depois de 10 anos convivendo com essas práticas de mercado, percebi que os dois lados da balança mudam de acordo com a empresa e a forma a qual foi implementada uma solução de outsourcing ou terceirização. O primeiro lado é quanto a implementação da terceirização de todos os recursos, indivíduos e tudo aquilo era voltado a TI dentro de grandes empresas, onde os resultados operacionais foram desastrosos, devido a má transição, implementação e gestão do contrato. Chegamos a ver casos de prejuízos financeiros altíssimos, mas com um serviço de qualidade e casos com lucro altíssimos e com um serviço de péssima qualidade, isso falando do lado da empresa que terceirizou a sua área de TI.
Particularmente após a crise de 2009, presenciamos um movimento de centralização e de fim da terceirização a torto e a direita da área de TI de grandes empresas, isso é claro, devido a experiência na gestão de contratos, tecnologias maduras como virtualização que realmente diminui a quantidade de horas, profissionais e custos quanto a administração de um ambiente, e a oferta de serviços Cloud Computing. Vejam o caso dos serviços ofertados pelos TOP 4 de Cloud Computing no Mundo: Google, Amazon, Vmware e Salesforce.
Google: Várias empresas e universidades brasileiras migraram os seus serviços de email para solução gmail business, reduzindo assim milhares de reais em suporte, licenças e infraestrutura anualmente, pagando agora US$ 25.00 por usuário ao ano.
Amazon: A sua solução de storage em Cloud Computing e servidores em Cloud Computing possibilitam que diversas micro empresas brasileiras desenvolvam, criem e testes seus produtos pagando centavos de dólar por exatamente aquilo que precisa de processamento, memória ou disco – IaaS ( Infrastructure as a Service / Infraestrutura como serviço).
VMware: de cada 10 empresas de grande porte no Brasil, 10 delas possuem ou estão implementando virtualização de servidores ou desktops em seus datacenters ou escritórios, aumentando assim a capacidade de crescimento, retorno de investimento e diminuição na quantidade de horas de administração de um ambiente.
Salesforce: Possui uma das mais completas soluções de software de gestão para pequenas, médias e grandes empresas em todo mundo. Softwares esses com CRM, controle de pagamentos e RH disponíveis como SaaS (Software as a Service/Software como serviço), você paga por aquilo que você utiliza.
Mas essa centralização de recursos ofertados a grandes empresas e até mesmo a virtulização gera um pequeno problema, a redução de postos de trabalho dentro de datacenters e empresas. Já é de conhecimento de muitos gestores que um ambiente virtual com 50, e até mesmo em alguns casos 80 VM`s(máquinas virtuais) só precisa de um único administrador de ambiente virtual para suportá-lo, bem diferente se compararmos com 25 máquinas físicas para cada administrador.
Falando em Cloud Computing no Brasil, atualmente que eu conheça, só possuímos a Locaweb, DHC e Alog com ofertas, infraestrutura e precificação clara de seus produtos e serviços ao mercado brasileiro.
Confesso para vocês que estou muito curioso em saber o que as grandes empresas de soluções e produtos de Cloud Computing irão falar, apresentar e discutir no próximo cloudcomputing expo, feira que ocorrerá nos EUA, entre os dias 19-21 de Abril. Todas as grandes empresas que tenham algo ou alguma coisa a falar ou apresentar quanto a Cloud Computing estarão por lá.
O vídeo abaixo é de um participante da última versão da feira, Cloud Computing Expo que lotou:
fontes: Internet, revita online CIO
Olá Gustavo, tudo certo?
Gostei do post acima, que fez uma breve introdução sobre alguns fornecedores de cloud no mercado. Gostaria de adicionar alguns comentários sobre a iniciativa da Microsoft nesse espaço.
De fato, a Microsoft oferece 2 grandes grupos de ofertas:
O primeiro grupo é dos serviços SaaS – Software as a Service, colocados na iniciativa BPOS – Business Productivity OnLine Suite (http://www.microsoft.com/online/products.mspx). Através de serviços como Exchange Online, Office OnLine, SharePoint OnLine e Office Live Meeting, as empresas podem consumir serviços prontos para uso, diretamente da nuvem, ou integrando com a infraestrutura local (on-premise).
O segundo grupo de iniciativas é o Windows Azure, que trabalha sobre o conceito de PaaS – Platform as a Service. Aqui, encontramos recursos de plataforma para a construção de serviços na nuvem, assim como poder de computação, espaço para armazenamento, banco de dados relacional e outros aspectos para integração, monitoração, logging, etc de aplicação com alta escalabilidade e provisionamento dinâmico. Bem interessante para empresas que pretendem criar suas aplicações SaaS na nuvem, usando uma plataforma de programação compatível com o mundo Microsoft no on-premise. O que roda no Azure é .NET 3.5/4.0 e plataforma Windows. Ainda, já existe o suporte para Java, PHP, Python e Ruby, além de outros recursos de interoperabilidade.
Em breve, a Microsoft deve oferecer mais uma iniciativa sobre o Windows Azure baseada em IaaS – Infrastructure as a Service, onde uma empresa terá acesso aos recursos de hardware colocados na nuvem, contratando infraestrutura como serviço.
Na última Cloud Expo a Microsoft esteve presente, com a participação do arquiteto Bill Zack, que fez um belo resumo em seu blog, veja:
http://blogs.msdn.com/billzack/archive/2010/05/02/microsoft-is-all-in-cloud-expo-in-new-york.aspx
Espero ter colaborado para a discussão.
O assunto é quente e muitas empresas estão avaliando as oportunidades da combinação do mundo cloud com o mundo on-premise.
Um abraço!
Waldemir Cambiucci | Arquiteto de Soluções | Microsoft Brasil
http://blogs.msdn.com/wcamb/